Como Perder Peso em 4 Passos Fáceis - A.K.A. Como Superar o Fim de um Relacionamento

The Secret Life of Walter Mitty (2013)

Quase dois anos atrás eu escrevi o último post deste blog... Por dois anos eu acreditei que seria fácil voltar a escrever ou que poderia fazê-lo a hora que quisesse. Bem, digamos que eu estava redondamente enganado.
No último biênio eu vivi tantas coisas, tantas foram as mudanças que eu fui deixando de lado aquilo que mais me fazia feliz: escrever. Parando para pensar, o ímpeto de pôr as coisas no papel só me vem quando estou passando por momentos difíceis. Como um religioso sazonal, o qual só se lembra das divindades quando precisa de pequenos ou grandes milagres.
Eu sei que para alguns pode soar como se algo tão facilmente descartável não fosse capaz de me trazer felicidade, mas a escrita, pra mim, é como um bote salva-vidas, mantendo-me na superfície e impedindo que eu me afogue. Quando o navio desliza suave sobre as águas, poucos se lembram do bote, ao menos (não) até o naufrágio.
“A verdade é que quando eu estou feliz eu gosto de viver”. Essa frase não é minha, mas agora não lembro quem a falou. Apesar disso, ela traduz exatamente o que eu sinto. Quando estou em um momento feliz gosto de vivê-lo, gosto de sonhá-lo e de deixá-lo brilhar e esvanecer no meu discurso. Nada contra em quem consegue preservar esses bons momentos no papel, infelizmente eu não sou um deles.
Durante cinco anos, mesmo antes de eu tirar essas longas férias do Archivo, o dia 15 foi um dia especial para mim. Uma data a ser comemorada, vivida e por isso nunca fiz um texto sobre esse dia. Contudo, pela primeira vez nessa meia década, esta data não me trás nada além de angústia. E digo angústia porque meus pensamentos conflitam em admitir essa terrível sucessão de sentimentos que eu venho sentindo nas últimas semanas. No entanto, neste dia 15, a vida resolveu me dar um pequeno presente. Um lembrete que a vida não acabou e que muito ainda está por vir.
Esse presente veio na forma de um vídeo, camuflado em uma daquelas clickbaits, sobre um sujeito que termina o seu relacionamento e tem que passar por todas as fases de um término até, enfim, seguir com a sua vida.
Depois desse desabafo: How to Lose Weight in 4 Easy Steps (como perder peso em quatro passos fáceis):

E só pra citar um filme que também foi outro pequeno presente que a vida me deu: "beautiful things don’t ask for attention" (coisas belas não pedem por atenção) -The Secret Life of Walter Mitty (2013)
Por Lucas Emanuel

Nota - Nova Parceria.

Novidades, galera. Estamos com uma nova parceria com o blog Estante de Sorrisos, confiram lá!!!!



Star Wars: O Despertar da Força.


FICHA TÉCNICA:

    - Título: Star Wars - The Force Awakens.
- Direção: J.J. Abrams.
- Roteiro: J.J. Abrams, Lawrence Kasdan e Michel Arndt.
- Produção: Lucasfilm e Bad Robot Productions.
- Duração: 135 minutos
    - Ano: 2015


Poster Oficial
Chegou a hora de escrever sobre “Star Wars, O Despertar da Força”. É o clichê do momento, mas quem liga, não é mesmo? Ah, haverá alguns spoilers, então, se você não viu o filme e ainda assim quiser ler esta resenha, prepare-se.

Não é pecado começar dizendo que o filme atende a expectativa que gerou em toda a nação de fãs de Star Wars, de certa forma.  J.J Abrams não decepcionou como diretor e nem como roteirista, papel que exerceu em parceria com Lawrence Kasdan e Michel Arndt, criando uma história envolvente e personagens com personalidades bem distintas, mas muito cativantes.   Incluo nesta lista até o BB-8 que, mesmo não substituído o eterno R2-D2, conseguiu fazer como que os fãs não sentissem tanta falta do dróide dos Skywalkers.

Luke Skywalker está desparecido (“ninguém sai, meu jedi, ninguém sai!) e a galáxia esta sob a ameaça da Primeira Ordem, uma facção formada por antigos oficiais do Império e liderada por um ser sombrio chamado Snoke, Supremo Líder dos Cavaleiros de Ren. Seu aprendiz, Kylo Ren, é o grande antagonista da história.

Rey
O filme é protagonizado por Rey, que vive no planeta Jakku, onde espera o retorno de sua família, perdida em algum tipo de batalha.  Ela tem um talento natural para pilotar, além de entender a linguagem dos dróides e dos  wookie. Durante o filme percebemos que as habilidades da garota vão muito além: “the force is strong on her” (a força é forte nela). O que deixa claro que a linhagem da garota é muito especial, mesmo que não fique claro quem são seus pais. Ela é uma personagem forte e independente que demonstra várias vezes que não é nenhuma “donzela em perigo”.

Finn
Outro protagonista é Finn, um stormtrooper que de repente fica consciente de todas as atrocidades que é obrigado a realizar e foge. Este personagem é responsável por muitas das tiradas cômicas do filme, diminuindo a tensão em diversas situações, como quando encara Phasma, a capitã dos stormtroopers.  Seu primeiro ato de rebelião é libertar o piloto da Resistência, Poe Dameron, preso pelas forças da Primeira Ordem. Com a ajuda de Poe, Finn chega a Jakku, onde conhece Rey. Fica claro que o jovem se apaixona pela garota, mas esta parece nutrir apenas uma forte amizade por ele.

Um dos pontos altos do filme e a interação dos personagens da nova trilogia com aqueles que fizeram parte da mais antiga. Han Solo, Princesa (General) Leia Organa, Chewbacca e mesmo Luke Skywalker dão o ar de sua graça, trazendo um forte e nostálgico apelo direto da sequencia original.

Kylo Hen
Mas nem tudo são flores nesta galáxia muito, muito distante.  A escolha de Adam Driver como intérprete de Kylo Ren, por exemplo, foi mais que infeliz, pois o ator não tem o mínimo appeal de vilão, destruindo o clima de tensão cada vez que ele aparecia sem máscara. Outro exemplo foi a rapidez com que Rey aprendeu a usar a força, conseguindo até mesmo derrotar Kylo, um usuário muito mais experiente.  Contudo, o que mais fez falta foi a atmosfera presente na trilogia original, perdida pelo excesso de piadas e pelo ambiente extremamente colorido, características comuns das produções Disney.

No entanto, como já apontado, o filme cumpre o prometido e se mostra um início “de respeito” para a nova trilogia planejada pelos atuais detentores da franquia.

Que a força esteja com vocês, meus amigos.

Por Lucas Emanuel
Extras:

Pra quem se interessou pelas ilustrações em formato de selo, eu as retirei daqui!

Para aqueles cujo O Despertar da Força foi o primeiro filme, recomendo visitar o site oficial do fandom brasileiro e a página da Lucasfilm, para uma visão mais ampla da franquia e novidades.



        

Deuses De Dois Mundos - A Trilogia Épica Dos Orixás (Parte II)

FICHA TÉCNICA:

    - Título: Deuses de Dois Mundos - Livro da Traição
- ISBN: 978-85-64684-50-8
- Autor: PJ Pereira
- Número de Páginas: 378 páginas.
- Publicação: Da Boa Prosa
- Ano: 2014

A RESENHA:

O primeiro volume da Trilogia Épica dos Orixás, O Livro do Silêncio, trouxe até nós um universo cheio de mistério e muita magia. Sua sequência, O Livro da Traição, em nada deixa a desejar quanto ao antecessor.
Capa

Lançado em 2014 pela Editora Da Boa Prosa, a obra do escritor e publicitário PJ Pereira, nos traz a continuação da história do jornalista Newton Fernandes em paralelo à conclusão da aventura vivida por Orumilá e seus guerreiros. A primeira se passa no mundo moderno que conhecemos e a segunda em uma época mística, onde os deuses ainda eram íntimos dos homens. Melhor dizendo: onde os deuses ERAM homens.

Essa “humanidade” dos personagens é uma das características mais marcantes do livro. Os futuros orixás, neste volume, passam por diversos conflitos emocionais que mostram o quão próximos dos nossos próprios problemas eles estiveram. Mesmo que a divindade os tenha afastado dos dilemas mundanos, a memória de quando eram humanos compõem a sua verdadeira essência, assim como seus defeitos e qualidades, os quais também são bastante explorados. Tal elemento, o emotivo, torna mais fácil para o leitor se identificar e compreender os personagens.


Orixás
Enquanto os escolhidos do Orum buscam resgatar os Odus, príncipes do destino, que ainda estão perdidos, Newton Fernandes vive seu próprio dilema. De um lado estão os orixás e do outro um culto misterioso que reúne algumas das figuras mais poderosas do Brasil. Os primeiros exigem que o jornalista se comprometa em ajudar a reconstruir a ligação entre deuses e homens. Já Pilar, a líder da seita, concede a Newton seus desejos mais íntimos, contanto que este se afaste da missão que lhe foi imposta. Não é a toa que o personagem traz em si “a marca da traição” que tanto é falada no primeiro livro.

Entre conflitos de caráter, ardis e disputas amorosas, os personagens encontram aquilo que realmente procuravam, muito além do pedido de Oxalá. Alguns transcendem e adentram no mundo dos espíritos na condição de orixás e outros abraçam sua verdadeira natureza, rompendo com as amarras do destino e voando segundo a vontade selvagem de seus corações. A separação do grupo se torna inevitável e vem de forma dura para todos.
As Ia Mi (em forma de pássaro)

Em meio a tudo isso as Ia Mi, as mães ancestrais, continuam com sua dança: a eterna batalha pelo controle do destino, a muito nas mãos dos orixás masculinos. Detentoras da força geradora de vida, as feiticeiras representam o lado feminino de todas as coisas e não aceitam se submeter a vontade de homem algum. A questão de gênero é apenas mais uma das críticas sociais feitas pelo autor, que aborda temas como o fanatismo religioso, corrupção nas grandes empresas e na mídia nacional.

Segue a Trilogia Épica dos Orixás, com todas as suas reviravoltas e surpresas, expondo e desconstruindo os (pre)conceitos e estigmas religiosos e de gênero dos quais nem o Orum está livre.


Por Lucas Emanuel

Ps: As Iá Mi Oxorongá (Osorongá, também), são as divindades femininas. Acredito que possam ser chamadas de Orixás (femininas), também. Se tal denominação não existir, peço desculpas desde logo.

#Nota

1. Devido (eu estar com um sono desgraçado) alguns problemas técnicos o post da Liga da Justiça foi publicado sem as edições apropriadas, mas o problema já foi solucionado, divirtam-se!
2. Por conta de (eu ter virado babá da minha irmã essas férias) responsabilidades que me foram atribuídas eu não tive como postar no domingo, por isso me comprometo de fazer um segundo post essa semana.

Gradicido, Portaria!

Justice League: Gods and Monsters





Ficha Técnica:

- Título Nacional: Liga da Justiça - Deuses e Monstros
- Gênero: Animação
- Idioma: Inglês
- Direção: Sam Liu e Lauren Montgomery
- Produção: Warner Bros e DC Entertainment
Hernan Guerra - Super-Homem

O novo projeto da DC Universe Animated Original Movie, produzido pela Warner Studios, será lançado no dia 28 de Julho de 2015 nos Estados Unidos, com o título de “Justice League: Gods and Monsters” (Liga da Justiça: Deuses e Monstros), prometendo apresentar os heróis clássicos da franquia como nunca antes vistos.

Super-Homem, Batman e Mulher-Maravilha são considerados por muitos o pilar central da Liga da Justiça. Eles já foram mocinhos e vilões desta e de outras dimensões. Salvaram galáxias e se tornaram ditadores. Em “Deuses e Monstros”, no entanto, os personagens são apresentados como verdadeiros anti-hérois, pessoas que lutam pela justiça, mas sem se preocupar em respeitar as leis ou mostrar misericórdia aos adversários.

Bekka - Mulher-Maravilha
A trama que envolve o passado das personagens também foi modificada. Hernan Guerra, o super-homem, não é criado pelos Kent, mas por um casal de imigrantes latinos que o encontrou no dia em que chegou a Terra. Batman agora é Kirk Langstrom um verdadeiro vampiro com super força e agilidade que necessita de sangue para sobreviver. Mulher-Maravilha, Bekka, não é uma amazona grega, mas uma guerreira de uma galáxia distante. Nenhum deles tem pudor de exterminar os seus opositores, mesmo que suas atitudes os façam serem odiados pela população de Metrópolis.

Não é de se estranhar que a acusação de estarem tentando assassinar um grupo de cientistas que trabalham em um projeto secreto do governo seja facilmente aceita. Sem o apoio dos cidadãos e nem do governo, os três heróis terão de provar sozinhos que são inocentes... Ou destruir qualquer um que se coloque em seu caminho.

Dirigida por Sam Liu (Planeta Hulk, Thor: Filho de Asgard e outros) e Lauren Montgomery (Liga da Justiça: Crise em Duas Terras e Batman, Ano Um) a animação irá preceder quatro títulos a serem lançados em quadrinhos e tem gerado grande expectativa entre os fãs do universo DC.


Kirk Langstrom - Batman


Por Lucas Emanuel

Deuses de Dois Mundos - A Trilogia Épica dos Orixás (Parte I)


FICHA TÉCNICA:

- Título: Deuses de Dois Mundos - Livro do Silêncio
- ISBN: 978-85-6468-447-8
- Autor: PJ Pereira
- Número de Páginas: 264 páginas.
- Publicação: Da Boa Prosa
- Ano: 2013

RESENHA:

O Livro do Silêncio
Indo de encontro à violência e a intolerância exacerbada contra os cultos de matriz africana, o publicitário carioca PJ Pereira escreve a trilogia “Deuses de Dois Mundos”, que tem como pano de fundo o universo cultural dos iorubás.

Publicado pela editora “Da Boa Prosa”, O Livro do Silêncio (2013) é o primeiro volume da série, seguido pelo Livro da Traição (2014) e o Livro da Morte (2015). A trilogia navega desde o cotidiano de um jornalista em São Paulo e as aventuras de deuses e guerreiros de uma África ancestral.


Essa alternância no ambiente permite uma narrativa mais rápida e menos cansativa. Intercalando os acontecimentos o autor permite que o leitor perceba as duas partes da história se encaixarem e passarem a fazer sentido. O mundo real e o mundo fantástico colidem, criando uma realidade onde o incomum se torna banal.

Aproveitando-se das diversas figuras que fazem parte da mitologia candomblecista, o autor cria uma trama onde passado e futuro se mesclam. Nela os heróis ancestrais precisam do auxílio do mundo contemporâneo para que possam manter o equilíbrio do universo, ameaçado pela sombra do caos.

PJ Pereira
É nesse contexto que nos é apresentado Newton Fernandes. Jornalista empedernido e arrogante, ele terá seu mundo virado de cabeça para baixo diante dos desafios que lhe serão propostos. A angústia provocada pela dúvida de Newton o leva a entrar em contato com um personagem envolto em mistério, Laroiê. Será da troca de e-mails entre eles que os dias atuais serão descritos.

Em contrapartida, os tempos ancestrais são contados por um narrador onipresente e onisciente. Ali acompanhamos a busca de Orunmilá, um velho babalaô, sacerdote e adivinho da cultura iorubá, por seis guerreiros que lhe auxiliem a cumprir uma missão que ajudará a salvar o Orum, o mundo espiritual. Para isso precisarão derrotar inimigas tão antigas e poderosas que rivalizam em poder até mesmo com os orixás, as Ia Mi Oxoronga.


Os guerreiros encontrados por Orunmilá são Ogum, Oxum, Iasã, Oxóssi, Xangô e Exu. Quem conhece um pouco do candomblé logo percebe que esses são os orixás adorados nos dias atuais e que esta é uma aventura do tempo em que ainda eram homens e mulheres mortais. Mesmo o adivinho representa o orixá do destino e da sabedoria. Sua missão não é só salvar o próprio mundo, mas o mundo do qual virão a fazer parte como guias espirituais.

Somente quando esses dois mundos se encontram que o equilíbrio pode ser restaurado, fazendo jus ao nome da trilogia. Seriam “Deuses dos Dois Mundos” por representarem dois povos ao mesmo tempo, brasileiros e iorubás, ou por figurarem no passado e no futuro simultaneamente? 

O Livro do Silêncio apenas começa a responder essa e outras tantas questões. Por ser um livro introdutório apenas apresenta ao leitor os personagens, dando pouco espaço para que estes evoluam e pouca visibilidade à história de cada um, as quais devem ser mais exploradas nos próximos volumes. 

No entanto não há como ficar em silêncio diante de uma obra tão envolvente, nem mesmo esperar para ler os livros seguintes que já me olham da estante com medo de serem devorados...

... E serão!  
A Trilogia Épica dos Orixás

Por Lucas Emanuel



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